Olho para os cravos vermelhos
No meu jardim e acho-os maravilhosos
Olho para trás e relembro os cravos de Abril
E as lágrimas invadem-me os olhos
As lágrimas invadem-me os olhos
Porque fico invadida de saudade e revolta
Saudade da felicidade e esperança que houve em nós
E revolta porque alguém (muitos) a tirou de nós
Pensei que a partir dessa data passaríamos a viver
Num país renovado, onde todos poderiam viver sem medo
Enganei-me, fui iludida, está provado
Vivo num país, cujo povo foi enganado.
Nunca pensei ver tanta gente sem casa e sem pão
Crianças e idosos com fome e abandonados
Porque há quem queira passar ao lado
E deixar todo este povo sem um tostão
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